segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Na tua cor faz falta o sangue, faz falta a vela que na alma seja ardor. Sou, de resto, o menos importante quando és tu que cais latejada, a sombra rindo por mais uma alma desanimada e um pobre que padece da perda que é já não ter fervor. Talvez me agarre à noite, talvez uive todos aqueles lamentos que imperam na minha alma, para que haja um sorriso, um breve momento de perdição, que me traga o paraíso e não me deixe em maldição. No entanto, se eu continuar a ser um poeta caído, que bravura encontrar nas palavras toda a loucura que exalte o ébrio enfeite, que transpire a luxúria desta carne que se mete num lugar tão perto do coração!

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