segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Com muita pena digo que não sei o que dizer!!! Sim, por vezes isso acontece e esses são momentos em que o melhor a fazer será dormir, esquecer a vida e sonhar ou... hummmm talvez deva ficar acordado e brincar com a mulher que já marcou o meu corpo. Pois, a vontade de soldar a carne é uma riqueza que se quer profunda e nunca disseram que eu detestava cavernas! Aliás, adoro esse beijo que abre comportas, que ambiciona gritos e façanhas, que rasga tempestades e manhas, que desmancha a palidez e blasfema contra a languidez! E, no entanto, perco-me em demasia, regido pela convição de que a luxúria é uma porta para a sabedoria e que eu, poeta inusitado, trago fúria como bálsamo, alegria como penhor e a agradável esperança de que o tédio já não me tenha amor! Porque tudo isto é monotonia e eu, ávido e sem melodia, um planger cacofónico, uma ruidosa devoção, embriagado por frases sem qualquer apetite, a insolência bucólica que desprestigia as cidades... sou um trago de escuridão! Não tenho maldade, sou apenas o que podem considerar um dos terríveis que pensa e sente, convence e desmente, pondera sem alguma vez estar contente e... Basta!!! Implacável, deixo-me dessas dores pois, vez ou outra, estas surgem como espadas e espinhos, negros rochedos e desavergonhados labirintos que devoram a alma que não tem luz. Talvez deva pedir que a chuva caia e banhe este recanto amaldiçoado pela sociedade que me entorta os dedos, enlouquece a alma e desvirtua a poesia com a pujança de um olhar infernal. Pode ser que assim relaxe o suficiente para que a vida não me aborreça e acabe a noite sem a condição que todos querem que eu tenha. Aquela que é ser... normal.

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