segunda-feira, fevereiro 13, 2012

- Alto aí! Quem és?
- Sou apenas um aventureiro que não se mantém por ninguém!
- Se vens aqui tens de te submeter à lei deste lugar!
- Então volto para trás e vou por outro caminho!
- Custa-te submeteres à lei? ...
- Sim!
- Porquê?
- Porque nunca estou do lado dela! ~
- Então, isso só pode significar que és um criminoso! Estás preso!
- Não, não o sou! Sou apenas alguém que idealiza mais do que outros!
- Não segues a lei, então só podes ser um criminoso. É tão fácil saber isso quanto se sabe que sem comida e bebida ninguém sobrevive.
- Sou um filósofo. Isso é ser criminoso?
- Sim, é, quando não se segue a lei. Mas diz-me... Porquê é que te custa isso?
- Sou um príncipe! Vivi rodeado de patetas, capangas da sociedade normalizada por regras insensatas, machos e fêmeas de índole submissa que não sabiam o que é seguir um caminho sem ter outras pessoas à frente. Que me importa estar numa carruagem de idiotices se eu, a luz cicatrizada, tenho ideias que vão além do que acham certo? Se me ordenarem algo que não está em conformidade com o que penso ser certo, grito: "Onde é que está a justiça?" Se me pedirem sangue, esmurro-lhes até sair do seu corpo esse líquido precioso. Se me pedirem dinheiro, faço um furo nas suas carteiras, ponho-me a contar as moedas e enfio-lhes na boca. Se me pedirem a minha terra, cavo uma cova para eles, tendo o cuidado para tapar cada oríficio do seu cadáver. Como ser pensante, ovelha de ninguém, faço o possível para fazê-los cair, beijar as minhas botas como bons escravos que deverão ser. Se tiver necessidade até poderei verter na sua boca a água que se guarda dentro de mim. Afinal, se se afogarem não me importo, o importante é que seja eu o último a morrer...
- E porque pensas que não morrerás primeiro? Ah, maldito! Por tudo o que disseste, estás pr...
- Oh ser desafortunado, porque a minha faca encontrou o teu pescoço...

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