“ Quem falou??? – perguntei, surpreendido, porque o meu raciocínio tinha sido apenas para mim, tão silencioso como o pensamento pode ser.
~ Olha para o arbusto ao pé de uma rocha que parece a face de um homem, perto de um lago menor…
“ Qual arbusto? Qual rocha? Qual lago? Quem és???
~ Oh, palerma destrambelhado, não és o narrador e, por tal, omnisciente? Não consegues ver um lago, uma rocha e um arbusto… juntos??? Estão mesmo debaixo de ti!!!
“ Não tenho corpo, como é que algo pode estar abaixo ou acima de mim?
~ Tantos narradores… E logo o mais bronco veio parar a esta história… Escuta lá… Não disseste antes que tinhas te afastado de um local onde os demónios tinham saído da terra, após fazeres com que tudo ficasse igual ao que antes era?
“ Sim… Como narrador, dou a conhecer ao leitor o que está a acontecer…
~ E porque raios pensas que eu não estou a ler a história????
“ Mas… Não és uma personagem?
~ Todos os leitores são personagens quando lêem a história e imaginam o que está a acontecer…
“ Não sei se isso funciona assim porque é o escritor que surge com as personagens e estas têm sempre uma certa estética física, espiritual, sentimental, moral… O leitor apenas… lê.
~ Raios e rastos de parvalhões!!! Acaba com a baboseira, se faz favor!!! Sou uma personagem da história mas também um leitor e já me farta estares sempre com pirosices que a nada levam!!! Aliás, qualquer personagem da história poderia saber o que está a narrar se quisesse mas nem todas têm o condão de poder se imiscuir pelos pensamentos do narrador como eu tenho.
“ Mas… Quem és???
~ Alguém que te pode ajudar a conquistar o teu devido lugar nesta história… se o quiseres.
“ Então mostra-te.
~ Já te disse onde estou!!! Procura-me se achares que te posso ajudar…
Perante um vasto recinto multicolor onde milhentas árvores, flores e plantas surgiam como prova de que os arco – íris podem existir sem ser no céu, pus-me a procurar o que parecia quase impossível de fazer. Afinal, quantos arbustos, rochas e lagos existem por aqui?
~ Palerma de uma tosca imbecilidade, não existem muitos lagos por aqui!!! Em vez de estares a procurar para além do horizonte, procura debaixo de ti!!!
“ Já estou farto que me chames de palerma e outros nomes!!! Toma muito cuidadinho com as palavras porque, como narrador…
~ Podes fazer com que desapareça da história, pôr outro no meu lugar blá blá blá A tua conversa da treta nem sequer amedrontou o estúpido Alexander, ia fazê-lo a mim que tenho um quociente de inteligência de 2000???
“ Isso é ridículo!!! Nunca ouvi falar de tal quociente!!! Como é que sabes que és assim tão inteligente???
~ Sou o único a falar contigo, não sou???
“ Isso não tem nada a ver com a inteligência! Sorte ou experiência em outras histórias é o que se pode pressupor. Com essa lenga – lenga toda só podes ser um convencido…
~ Como quiseres, também não te estou a pagar para falares bem de mim.
“ Nem iria pagar porque para ouvir tontices é só abrir bem os ouvidos e escutar.
~ Nem sequer vou perguntar como é que alguém sem corpo consegue ter ouvidos…
“ Humpf… Já agora, diz-me como é que me podes ajudar.
~ Não queres ter um corpo de modo a ser respeitado como uma personagem merece em vez de alguém que só tem uma voz?
“ Sim… Como é que conseguirias isso?
~ Não seria eu mas alguém que conheço e só te irei dizer se me encontrares.
“ E porquê teria de te encontrar primeiro? Porquê é que não podes dizer onde estás?
~ Porque caí dentro de uma cova próxima do arbusto que está ao lado da rocha perto de um lago inferior!!!!
“ É assim tão grande para saíres de lá?
~ Tenho a perna partida e… Então, vais me ajudar ou não?????
“ Estou a ponderar…
~ Cortes e malfadadas sortes de demências encardidas!!! A ponderar o quê??? Instantes atrás, querias ter um corpo e agora estás a ponderar???
“ Sim… Sendo um narrador sem corpo posso ir depressa para muitos lugares e ver a tudo e todos sem ser visto. Agora, se tiver um corpo…
~ O quê??? Agora queres ser um pervertido voyeur??? Que raio de homem és tu???
“ Sou um narrador sem corpo por isso não sei o meu sexo…
~ Não digas asneiras!!! Já todos sabem que…
“ Todos?
~ Sim, eu, os leitores e leitoras…
“ Ah! Pois… Isso, se alguém quiser comprar o livro…
~ Isso não interessa agora! Como estava a dizer… Se tiveres um corpo, és do sexo masculino, afinal, és o narrador e não a narradora!!!
“ Sim, tens razão mas…
~ Palerma inculto desfragmentado, aqui não há mas nem meio mas!!! Além disso, como narrador, não podes experimentar o contacto corpo a corpo e bem sabemos o que certas mulheres te fizeram sentir.
“ Bem…
~ Então? Não gostavas de sentir o toque ternurento de uma mulher que te aquecesse com as suas partes íntimas? Os seus lábios ternurentos e mãos apaixonadas a passearem pelo teu corpo como mel e fogo invocando prazer atrás de prazer…
“ Está bem! Está bem! Vou te ajudar!!! Mas parece ser difícil porque a paisagem é muito grande…
~ Caramba e aranhões descuidados!!! Já estou a ver que tenho mesmo de fazer tudo… Consegues parar o vento?
“ Sim, consigo, sou o narrador…
~ Sim, isso já se sabe, não precisas de dizer isso sempre! E depois eu é que sou o convencido… Para o vento agora!
Sem muito esforço, fiz com que o vento parasse, nem um silvo de descontentamento se ouvindo. Parecia até que tinha adormecido, deixando toda a flora sem razão para se balançar de um lado para o outro, parada, resolutamente convencida de que estava a ser concedida uma razão prodigiosa para descansar. Até parecia que o Paraíso tinha…
~ Oh podre rima sem fortuna!!! Vais parar de narrar ou observar atentamente???
“ Desculpa… É que, como narrador…
~ Blá Blá Blá Observa atentamente, oh amostra sem corpo…
Já me estava a fartar esta vozinha estúpida. Quem raios pensava que era para estar sempre a me chamar nomes??? Já não me chegava ter de estar a narrar esta história sem qualquer sentido e agora tinha de escutar desaforos??? Sinceramente, que se metam nas suas vidas e as tornem pacatas sem me meterem ao barulho!!! Quando tivesse um corpo, iria sair tentar desaparecer daqui, ir para os confins do mundo onde pudesse viver bem. Se eu… Que raios é aquilo??? Um fumo preto está a subir de um emaranhado de árvores e arbustos!
~ Já estás a ver o fumo???
“ Sim…
~ De onde surge é onde estou. Depressa, ajuda-me a sair daqui.
Uma vez mais usei o meu poder de persuasão para com a Natureza. As folhas, os ramos e os troncos das poucas árvores que antes cobriam o lugar de onde o fumo surgia, depressa desapareceram deixando surgir uma pequena clareira onde… Mas… Quem é aquela estranha criatura??? Parece um bebé com duas estranhas cabeças mas sem olhos, orelhas, nariz ou lábios, a parte debaixo da mesma sendo uma confusão de tecido e fartos cabelos castanhos!!! De repente, como se a surpresa não fosse grande, algo ainda mais inusitado aconteceu…
~ Oh disfarçada graça de trambolhos endemoninhados!!! O que estavas a ver era o meu rabo!!! A única forma de saberes onde estava era dar uns fraques - disse, após se endireitar, um homem tão pequeno que nem sequer chegava ao joelho de um ser humano normal. Da sua cabeça pendia uma farta cabeleira acastanhada, as suas roupas sendo uma mistura de diferentes tons de verde.
~ O meu nome é Hop Sory! – disse, de forma eloquente, enquanto os olhos brilhavam com o esplendor de esmeraldas.
~ Agradeço-te por me descobrires. Agora só falta me ajudares a sair daqui e irei te ajudar.
“ Gostava de saber como é que antes poderia tê-lo descoberto se não existe algum lago perto de onde está, mas, enfim… - um tanto aborrecido, lá fiz com que uma parte da cova caísse de modo a que surgisse um caminho até ao topo.
~ Não estás a ver o lago ao lado de uma rocha em forma da face de homem???? – disse, fazendo com que desviasse o olhar para uma grande poça de água e uma pedrinha. – E já agora, não estava à espera de uma miserável estrada de terra! Não te disse antes que tinha a perna partida??? Se fizeste o caminho, faz com que a minha perna volte ao seu lugar sem consequências para o meu desempenho físico de modo a depois eu poder te ajudar.
Ainda mais chateado do que antes com a sua estúpida forma de proceder, fiz do seu pedido realidade pois quem ganharia mais com a sua ajuda era eu. Afinal, tendo a forma de um homem, poderia cortejar as mulheres que quisesse, embora houvesse uma em especial a quem não me importava de conceder especial atenção. O que estaria a fazer agora a Lady Lenore Francesca Scarlet Hood? Será que estava a praticar a esgrima, a tomar um outro banho ou…
~ Vais parar com as tuas fantasias??? – disse Hop Sory, enquanto subia o caminho de volta até ao leito superior dando saltos quase gigantescos.
“ Todos temos direito a fantasias, não é verdade? Os teus pais devem ter uma grande imaginação para virem com um nome tão… estranho.
~ Sou um duende e temos os nomes que têm a ver com a nossa natureza.
“ O teu pai, quando a tua mãe lhe deu a conhecer que estava grávida, disse: “Ooops sorry”???
~ Palerma enjoado filho de uma mosca sem asas!!! Não brinques!!! Não foi isso que aconteceu!!! O meu sobrenome já tem muitos séculos, mais do que aqueles que contabilizam este em que vivemos!!!
Enquanto ria, via o duende sacudindo a terra da sua roupa, pondo depois uma pequena cartola esverdeada na cabeça, dando-lhe um ar distinto embora um tanto… sujo.
“ Está bem, está bem! Desculpa se ofendi, era para aliviar a situação. Já agora, não sei quem são os meus pais mas de certeza que provenho de uma família de ilustres narradores… Agora, como é que me podes ajudar???
~ Pois… Bem, como antes disse, não tenho poderes para te ajudar a te tornares um ser humano mas conheço quem pode.
“ Quem?
~ O Diabo.
domingo, março 08, 2009
sábado, fevereiro 21, 2009
"Sob a neblina que me corta o sangue" - Excerto
" Observando o jardim que era seduzido pela fantasmagórica dança de uma leve brisa, comecei a ponderar sobre a beleza que este mesmo lugar possuía à noite, a luz das lanternas desenhando intrigantes sombras no edifício de pedra e nas árvores circundantes. Ah! A facilidade com que se pode ordenar o caos, transpor uma certa seriedade para o que antes era confusão, deixando a alma tecer uma fascinante atmosfera que privilegie a sensatez. Embora haja pouco a que nos podemos agarrar quando a imaginação é desenfreada, talvez não seja pecado assumir que algumas formas sombrias possam parecer um corpo feminino, a sua sensualidade assumindo maior preponderância quando já temos gravado no íntimo um outro mais real do que a conjugação de luz e escuridão.
Deixando o Tempo voltar para trás, o meu pensamento caiu em Helanya, a formosa mulher que tinha vindo me servir o jantar. O seu encanto juvenil era por demais condizente com aquela que já tinha visto em certos quadros que retratavam deusas ou ninfas. Os seus longos cabelos castanhos apanhados num penteado singular, os olhos azuis esverdeados brilhando como se o céu diurno estivesse crivado de esmeraldas, os lábios vermelhos como se tivesse um grande fogo interior, o corpo escultural ficando-lhe bem.
Minutos passaram e quanto mais pensava nela mais me apercebia de que não conseguia deixar de pensar. Por mais que os livros me tivessem antes deliciado com os casos e acasos do destino, agora havia um outro fulcro da minha atenção e, estranhamente, esperava ansioso pelo dia a seguir.
Se fervia com uma outra loucura, a ansiedade de poder ouvir uma gentil voz que enaltecesse ainda mais a minha existência, talvez tal não me fizesse bem já que vim para este lugar para ter uma certa paz e não descobrir que, mesmo sozinho, não a podia ter.
Cansado, tentei esvaziar a mente de longos pensamentos sobre Helanya mas se a realidade se deseja de uma forma, a alma tem uma estranha capacidade para influenciar o corpo a acordar cansado, como se tivéssemos sonhos que, por nos lembrarmos, não pudéssemos impedir de nos influenciar.
Nesse tépido momento de abstracção, sentia o meu corpo ser acariciado, beijos e suspiros insinuando presenças etéreas que motivavam arrepios. Um som estranho fazia-se ouvir ao longe como uma interminável queda sobre a placidez, um gorgolejar repetindo-se a cada segundo como resposta ao desespero…
Tentava me acalmar pois o prazer que sentia com as carícias que me estavam a fazer eram sublimes mas a exaustiva repetição de outros sons tocavam-me de uma tal forma que parecia que iria enlouquecer. Queria abrir os olhos, conhecer quem estava a me tocar de forma tão doce mas também descobrir o que estava a provocar tais sons. Não sei quanto tempo me quedei preso a essas sensações de prazer pois, quanto mais as carícias se insinuavam mais confortável me sentia só que, de repente, comecei a sentir um gosto estranho na boca como se provasse sangue.
Levantando-me de repente, atormentado por tal provação, o pior dos calafrios cruzou-me o corpo ao descobrir que, à minha frente, estava uma tão grande monstruosidade que nem o mais horrível dos contos que tinha lido, até então, podia descrever. Um ser esguio de pele negra, o corpo coberto pelo que parecia escamas enquanto da cabeça surgia uma cabeleira também negra, e das costas umas asas que rivalizavam em forma com as dos morcegos. O mais aviltante era que, da sua boca, uma língua comprida tinha acabado de se soltar do meu peito que possuía, tal como os braços e pernas, inúmeros vergões como se tivessem sido submetidos a um chicote.
Enquanto tentava fazer o possível para não me sufocar com o sangue, vi a besta desaparecer rumo às sombras, um alívio que não me trouxe o verdadeiro estado que tal palavra representa pois o meu coração continuava a bater muito rápido, os nervos causando uma tal agonia que sentia que nem com a luz do sol poderia respirar normalmente. Fechando os olhos dado ao cansaço, senti que o sono vinha…
E acordei… Era já de dia e conseguia ouvir os pássaros entoando as melodias que só eles conseguiam compor, o corpo cansado pela minha provação nocturna. Num gesto rápido, olhei para o meu peito esperando ver os vergões que o ser tinha induzido mas o espanto e descanso foi maior ao me aperceber q$ue o meu corpo estava incólume. Um sonho, um horrível e pestilento sonho que me tinha causado um tal incómodo que havia parecido a crua realidade.
Foi então que, para minha surpresa, ouvi um leve toque na porta e a doce voz que tanto esperava surgiu. "
Deixando o Tempo voltar para trás, o meu pensamento caiu em Helanya, a formosa mulher que tinha vindo me servir o jantar. O seu encanto juvenil era por demais condizente com aquela que já tinha visto em certos quadros que retratavam deusas ou ninfas. Os seus longos cabelos castanhos apanhados num penteado singular, os olhos azuis esverdeados brilhando como se o céu diurno estivesse crivado de esmeraldas, os lábios vermelhos como se tivesse um grande fogo interior, o corpo escultural ficando-lhe bem.
Minutos passaram e quanto mais pensava nela mais me apercebia de que não conseguia deixar de pensar. Por mais que os livros me tivessem antes deliciado com os casos e acasos do destino, agora havia um outro fulcro da minha atenção e, estranhamente, esperava ansioso pelo dia a seguir.
Se fervia com uma outra loucura, a ansiedade de poder ouvir uma gentil voz que enaltecesse ainda mais a minha existência, talvez tal não me fizesse bem já que vim para este lugar para ter uma certa paz e não descobrir que, mesmo sozinho, não a podia ter.
Cansado, tentei esvaziar a mente de longos pensamentos sobre Helanya mas se a realidade se deseja de uma forma, a alma tem uma estranha capacidade para influenciar o corpo a acordar cansado, como se tivéssemos sonhos que, por nos lembrarmos, não pudéssemos impedir de nos influenciar.
Nesse tépido momento de abstracção, sentia o meu corpo ser acariciado, beijos e suspiros insinuando presenças etéreas que motivavam arrepios. Um som estranho fazia-se ouvir ao longe como uma interminável queda sobre a placidez, um gorgolejar repetindo-se a cada segundo como resposta ao desespero…
Tentava me acalmar pois o prazer que sentia com as carícias que me estavam a fazer eram sublimes mas a exaustiva repetição de outros sons tocavam-me de uma tal forma que parecia que iria enlouquecer. Queria abrir os olhos, conhecer quem estava a me tocar de forma tão doce mas também descobrir o que estava a provocar tais sons. Não sei quanto tempo me quedei preso a essas sensações de prazer pois, quanto mais as carícias se insinuavam mais confortável me sentia só que, de repente, comecei a sentir um gosto estranho na boca como se provasse sangue.
Levantando-me de repente, atormentado por tal provação, o pior dos calafrios cruzou-me o corpo ao descobrir que, à minha frente, estava uma tão grande monstruosidade que nem o mais horrível dos contos que tinha lido, até então, podia descrever. Um ser esguio de pele negra, o corpo coberto pelo que parecia escamas enquanto da cabeça surgia uma cabeleira também negra, e das costas umas asas que rivalizavam em forma com as dos morcegos. O mais aviltante era que, da sua boca, uma língua comprida tinha acabado de se soltar do meu peito que possuía, tal como os braços e pernas, inúmeros vergões como se tivessem sido submetidos a um chicote.
Enquanto tentava fazer o possível para não me sufocar com o sangue, vi a besta desaparecer rumo às sombras, um alívio que não me trouxe o verdadeiro estado que tal palavra representa pois o meu coração continuava a bater muito rápido, os nervos causando uma tal agonia que sentia que nem com a luz do sol poderia respirar normalmente. Fechando os olhos dado ao cansaço, senti que o sono vinha…
E acordei… Era já de dia e conseguia ouvir os pássaros entoando as melodias que só eles conseguiam compor, o corpo cansado pela minha provação nocturna. Num gesto rápido, olhei para o meu peito esperando ver os vergões que o ser tinha induzido mas o espanto e descanso foi maior ao me aperceber q$ue o meu corpo estava incólume. Um sonho, um horrível e pestilento sonho que me tinha causado um tal incómodo que havia parecido a crua realidade.
Foi então que, para minha surpresa, ouvi um leve toque na porta e a doce voz que tanto esperava surgiu. "
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